Questões sobre aborto, drogas e solidão
Nessa semana transcrevemos para você um trecho de uma sessão de perguntas e respostas feitas ao Thay em um retiro em Plum Village.
Nesse texto ele resposnde questões sobre o aborto, sobre a diferença entre ser solitário e estar sozinho e sobre como evitar que adolescentes se envolvam com álcool e drogas. São insights preciosos de um dos grandes mestres espirituais de nosso tempo. Não deixe de ler com atenção (clicando aqui)
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Sino de plena atenção para seu computador
Se você trabalha muito no computador e perde a plena atenção enquanto se envolve por horas no seu trabalho, tenho uma dica para te dar. A Sangha de Washington desenvolveu um programa chamado Mindful Clock. Instalando ele em seu computador um sino tocará de hora em hora te alertando para sorrir dar 3 respiradas em plena atenção e relaxar. O efeito dessa prática é fantástico e tem sido excelente para mim.
Para instalar entre no site http://www.mindfulnessdc.org/mindfulclock.html, baixe o programa e o instale no seu computador. É fácil e rápido.
Impermanência
Freqüentemente, mesmo quando levamos uma "boa vida", nos surpreendemos de certo modo infelizes ou insatisfeitos. Acho que nos sentimos assim quando percebemos a impermanência e a transitoriedade da vida, sem aceitá-las plenamente. Pelo contrário, tentamos agarrar aquilo que na verdade não se pode ter. É como tentar agarrar a água. Podemos reter a água nas palmas das mãos, mas não conseguimos prendê-la com os dedos.
Muitas vezes negamos a realidade da impermanência e os assustadores sentimentos que a acompanham, continuando a agir como se ela não fosse verdade. Recusamo-nos a abrir mão daquilo que devemos abrir mão: a crença na permanência. É importante não negar algo que precisa ser aceito, senão a vida e a prática se tomam muito dificeis. Dificultamos a vida enchendo a mente de idéias e desejos egocêntricos, dos quais não abrimos mão.
A pessoa tem dificuldade na prática quando continua a agir como se a impermanência não fosse uma realidade. Mas permanece nela a sutil percepção dessa realidade, e a infelicidade perdura por causa dessa recusa. A verdadeira prática espiritual não exige que o homem transforme radicalmente a sua vida. Basta que ele não se iluda sobre a realidade das coisas.
- Les Kaye -
Perguntas Freqüentes
Penso no final desta vida - quando acabarem meu eu, meus pais, amigos e parentes - e fico profundamente aflito. Como lidar com isso?
MONGE GENSHÔ: Como poderíamos acabar? Em nossa essência somos a própria eternidade. A única coisa que pode deixar de operar é este pequeno eu ilusório. Ele vai resistir desesperadamente à nossa percepção de que ele é uma mera montagem da nossa mente, uma espécie de loucura que nos impede de beber na fonte do absoluto. E sentindo a proximidade dessa descoberta terrívelmente ameaçadora, só lhe resta produzir medo e aflição. Também fiquei com medo e me levantei da meditação quando enxerguei isso. Falei para meu professor e ele me disse: - Perdeu grande oportunidade! Nesta hora vc precisava descobrir DE ONDE VEM ESSE MEDO.
Monge Gensho (mongegensho@terra.com.br) é monge Zen Budista da Escola Soto Zen e dirige uma Sangha em Florianópolis