Quinta, 25 de fevereiro de 2010


As Seis Paramitas



Um caminho ensinado pelo Buda para se obter insight, são as seis paramitas (clique aqui), seis técnicas para a felicidade.

Nesse texto, Thich Nhat Hanh explica de uma forma clara e concisa as seis práticas ou paramitas: doar, o treino da consciência plena, a inclusão, a diligência, a meditação e a sabedoria. É sempre bom lembrar que a felicidade é uma prática que não vêm através da leitura de livros e sim de práticas concretas que devemos adotar para nossa vida. Essas práticas nos ajudam a cruzar o rio do sofrimento.

Estude o texto (clique aqui) e aplique essas práticas em sua vida.

Divida seus comentários em nosso blog. Basta clicar aqui.



Entrevista de Thay para Oprah Winfrey (parte 1)



Oprah: Muito obrigado pela honra de falar com você. Basta estar na sua presença, que me sinto menos estressada do que quando o dia começou. Você tem uma aura tão pacífica. Você é sempre assim?

Thay: Este é o meu treino, esta é a minha prática. E eu tento viver cada momento como esse, para manter a paz em mim.

Oprah: Porque você não pode dá-lo aos outros se você não tem isso em si mesmo.

Thay: Certo.

Oprah: Entendo. Eu sei que você nasceu no Vietnã em 1926. Há alguma memória maravilhosa de sua infância que você possa compartilhar?

Thay: O dia em que vi uma imagem do Buda em uma revista.

Oprah: Quantos anos você tinha?

Thay: Eu tinha 7, 8. Ele estava sentado na grama, muito calmo, sorrindo. Fiquei impressionado. Em torno de mim, as pessoas não eram assim, então eu tive o desejo de ser como ele. E eu nutri esse desejo até a idade de 16, quando tive a permissão de meus pais para ir e me ordenar como um monge.

Oprah: Seus pais o encorajaram?

Thay: No início, eles estavam relutantes, pois achavam que a vida de um monge era difícil.

Oprah: Aos 16 anos, você entendia o que sua vida seria?

Thay: Não muito. Havia apenas o desejo muito forte. O sentimento que eu não seria feliz se eu não pudesse me tornar um monge. Chamam isso de mente de principiante, a intenção profunda, o desejo mais profundo que uma pessoa pode ter. E posso dizer que até este dia, a mente de principiante ainda está viva em mim.

Oprah: É isso a que muitas pessoas se referem como paixão. É o que sinto sobre o meu trabalho na maioria dos dias. Quando você está apaixonada por seu trabalho, parece que você faria isso mesmo que ninguém estivesse lhe pagando.

Thay: E você se diverte.

Oprah: Você gosta dele. Vamos falar de quando você chegou pela primeira vez na América. Você era um estudante na Universidade de Princeton. Era desafiante sendo um monge budista fazer amizades com outros alunos? Você estava sozinho?

Thay: Bem, Princeton University era como um mosteiro. Havia somente estudantes do sexo masculino naquele momento. E não havia muitos vietnamitas que vivem nos EUA. Durante os primeiros seis meses, eu não falava vietnamita. Mas o terreno era muito bonito. E tudo era novo, as árvores e os pássaros e os alimentos. Minha primeira neve foi em Princeton. O primeiro outono foi em Princeton.

Oprah: Quando as folhas estão mudando.

Thay: No Vietnã não vemos coisas desse tipo.

(Continua na próxima semana)


Terceiro toque na Terra



Eu vejo que este corpo, feito dos quatro elementos, não sou eu realmente e eu não estou limitado a este corpo. Eu sou parte de um córrego de vida de ancestrais espirituais e consangüíneos que por milhares de anos esteve fluindo na direção do presente e continua a fluir por milhares de ano em direção ao futuro. Eu sou una com os meus ancestrais. Eu sou uma com todas as pessoas e todas as espécies, sejam elas pacíficas e destemidas ou sofridas e medrosas. Neste exato momento, estou presente em todas as partes deste planeta. Eu também estou presente no passado e no futuro. A desintegração deste corpo não me toca, tal como quando a flor da ameixa cai isto não significa o fim da ameixeira. Eu me vejo como uma onda sobre a superfície do oceano. Minha natureza é a água do oceano. Eu me vejo em todas as outras ondas e vejo todas as outras ondas em mim. A aparição e desaparição da forma da onda não afetam o oceano. Meu corpo do Darma e minha vida espiritual não estão sujeitos ao nascimento e morte. Vejo-me diante do meu corpo manifesto e após o meu corpo ter se desintegrado. Até mesmo agora, vejo que existo alhures e não dentro deste corpo. Setenta ou oitenta anos não é o meu tempo de vida. O meu tempo de vida, como o tempo de vida de uma folha ou de um Buda é ilimitado. Fui além da idéia de que sou um corpo separado no espaço e no tempo de todas outras formas de vida.


Quinto Treinamento da Ordem Interser - Viver de forma simples e saudável



Consciente de que a verdadeira felicidade está enraizada na paz, na firmeza, liberdade e compaixão e não na riqueza ou fama, estou determinado a não adotar como propósito de minha vida a fama, o lucro, a riqueza, os prazeres sensuais e nem o acúmulo de riqueza, enquanto milhões de pessoas estão morrendo de fome. Comprometo-me a viver de um modo simples compartilhando meu tempo, energia e recursos materiais com aqueles que necessitam. Praticarei o consumo consciente, não usarei álcool, drogas ou outros produtos que tragam toxinas para o meu corpo, para a minha consciência e para o corpo e a consciência da coletividade.