Quarta, 15 de junho de 2011


Atenção Plena Correta



O Nobre Caminho Óctuplo é a prática proposta pelo Buda para nos livrarmos do sofrimento: ansiedade, medo, angústia, raiva, etc. Ele faz parte do primeiro ensinamento do Buda após sua iluminação. É um caminho de 8 práticas, sendo que uma delas é a Atenção Plena Correta.

No texto dessa semana clique aqui Thich Nhat Hanh comenta sobre esta prática. A Atenção Plena Correta está sempre no âmago de todos os ensinamentos de Buda. Ela é a energia que nos traz de volta para o momento presente. Cultivar a atenção plena significa cultivar o Buda interior, cultivar o Espírito Santo.

A Atenção Plena Correta tudo aceita, sem julgar nem reagir. É inclusiva e amorosa. Sua prática consiste em buscar formas para conseguir manter a atenção adequada durante todo o dia.

Para saber mais sobre essa prática básica leia o texto clicando aqui e depois compartilhe seu insight conosco em nosso blog. Basta clicar aqui.

Meditação reduz sensação de dor



Quando o pesquisador Chris Brown usou um laser para provocar pontadas de dor nos braços de voluntários, ele fez uma descoberta curiosa. Metade dos homens e das mulheres sentiu que a dor foi menos incômoda que os outros. Exames em seus cérebros também mostraram que áreas envolvidas na antecipação do medo estavam menos ativas. Os dois grupos de pessoas eram idênticos, a não ser por um detalhe: os que sentiram que a dor foi menos incômoda praticavam meditação. E quanto mais tempo de prática tinham, menor era a sensação de dor.

A pesquisa de Brown e outros especialistas em dor da Universidade de Manchester dá mais indicações de como a meditação pode servir para aliviar os sintomas de condições tão diversas como dor crônica, artrite reumática, depressão, ansiedade, insônia e síndrome do cólon irritável.

- A meditação parece funcionar reduzindo a antecipação e a visão negativa da dor e não por distrair a atenção da própria sensação de dor - diz ele. - Quando as pessoas meditam, elas se focam em sua respiração e outras sensações corporais e aprendem a experimentar essas sensações com atitudes de aceitação, abertura e curiosidade. Isso parece reduzir os pensamentos negativos sobre sensações como a dor.

Muitas das raízes da meditação de atenção plena estão no budismo e em uma das mais difundidas formas os praticantes são ensinados a focarem a atenção na sensação de inspiração e expiração. Eles também aprendem a direcionar sua atenção no que está sendo experimentado no presente e não pensar no futuro ou no passado. Desta forma, sugere-se que os praticantes aprendem a experimentar pensamentos e sensações do dia a dia com mais equilíbrio e aceitação.

No Grupo de Pesquisas sobre Dor Humana da Universidade de Manchester, os cientistas estão conduzindo testes de percepção de dor em 27 homens e mulheres, metade dos quais pratica meditação. Os voluntários foram expostos a pontadas de dor causadas por um laser em períodos de cinco minutos.

- Descobrimos por meio de exames do cérebro que os praticantes de meditação tinham menos atividade nas áreas associadas com a antecipação. Eles também tinham uma redução da sensação de dor quando comparados com outras pessoas - conta Brown. - Acreditamos que na meditação o foco na respiração, por exemplo, ancora o indivíduo no presente e não no passado ou no futuro. Quando eles experimentam a dor, não a bloqueiam, mas lidam com ela de uma maneira menos negativa. Dessa forma, a meditação deve reduzir a avaliação emocional da dor ou de outros eventos estressantes por retirar a atenção da antecipação de seu sofrimento.

Fonte: O Globo (14/05/2011)

Plena Atenção em crianças



Plena Atenção é uma resposta muito efetiva ao stress e aumenta um processo neurológico chamado "função executiva", ou a habilidade de organizar tarefas, gerenciar o tempo, definir prioridades e tomar decisões.

Crianças - incluíndo aquelas diagnosticadas com desordens relacionadas ao stress - podem se beneficiar ao aprender a focar sua atenção, ficarem menos reativas e mais compassivas com si mesmas e com os outros.

-Thich Nhat hanh (do livro "Planting Seeds")

A mente nunca está vazia



Uma surpresa [do processo de plena atenção meditativo] é que a mente nunca está "vazia". É frequentemente dito e um aparente erro que a mente meditativa se torna um vácuo de atividade. Preenchida com imagens, pensamentos, sentimentos e percepções continuamente gerados, a mente é preenchida com uma atividade que nunca cessa. A mente é uma abelha ocupada movendo-se rapidamente em torno de sua colméia neural. Alguns se aproximam do silêncio pensando que suas mentes logo estarão vazias apenas para descobrir que o oposto é verdade. Morar perto de uma colméia em atividade não é uma tarefa fácil.

Como a quietude permite que a mente se assente, torna possível estar consciente das sutilezas nas finas estruturas das funções mentais. Quietude não é o mesmo que atividade nula, se parece mais com uma força estabilizadora.

-Daniel Siegel