Quarta, 20 de julho de 2011

Reconhecendo as causas do sofrimento (parte 2)



Nessa semana continuamos o texto da semana passada onde te convidamos a olhar para as causas do seu sofrimento? O que alimenta o seu sofrimento? O que o faz continuar?

Thich Nhat Hanh no texto de hoje (clique aqui) explica os dois primeiros dos quatro nutrientes: a sua vontade mais profunda e a consciência. Todos querem ser felizes, e há uma irresistível energia nos empurrando na direção daquilo que acreditamos que nos fará felizes. Mas isso pode gerar grande sofrimento. Precisamos ter clareza que posição social, vingança, riqueza, fama ou posses frequentemente são poderosos obstáculos à nossa felicidade.

Podemos nutrir a nossa consciência com amor, compaixão, alegria e equanimidade ou podemos nos alimentar com ganância, ódio, ignorância, suspeita e orgulho. Nossa consciência se alimenta o tempo todo, dia e noite, e o que ela consome se torna a substância de nossa vida. Temos que ser muito cuidadosos ao escolher que nutrientes vamos ingerir.

Através do texto (clique aqui) conheça os outros dois nutrientes e depois compartilhe seu insight conosco em nosso blog. Basta clicar aqui.

Mudanças climáticas prejudicam Ilhas Salomão



Cada vez mais, as paradisíacas Ilhas Salomão, localizadas no Oceano Pacífico, tem se tornado um purgatório das mudanças climáticas. Por causa das alterações ambientais, a população está sendo obrigada a ser transferida de local, o que acarreta em impactos negativos para a produção de alimentos, a cultura, a saúde e mesmo questões territoriais. Autoridades alertam que, caso a situação não seja controlada rapidamente, a condição do povo pode se tornar um inferno.

Nos últimos anos, os efeitos das mudanças climáticas têm feito os habitantes das Ilhas Salomão saírem das regiões costeiras ou baixas para se refugiarem em áreas vulcânicas mais altas. De acordo com autoridades do país, as alterações ambientais, e, consequentemente, a migração que elas estão causando, têm trazido consequências negativas para a população e o arquipélago.

“O fato de que estamos transferindo a população significa que não fomos capazes de lidar com os desafios das mudanças climáticas. Em algumas das ilhas as pessoas foram deslocadas para assentamentos onde se cultiva alimentos, o que vai impactar a indústria de alimentos porque estão pegando a terra usada para cultivar alimentos para instalá-las”, declarou Colin D. Beck, representante das Ilhas Salomão na ONU.

-Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

Contemplando a Impermanência



Talvez você já tenha entendido o conceito de impermanência e o reconhecido como realidade, mas será que isso só acontece a nível intelectual? Na vida diária, você ainda age como se as coisas fossem permanentes? Compreender a noção de impermanência não é suficiente para mudar a forma como você sente e leva a vida. Somente o insight pode realmente emancipá-lo e este insight não poderá se manifestar a menos que você realmente pratique olhar profundamente para a impermanência. Em outras palavras, mantendo-se consciente da impermanência o tempo todo, sem perdê-la de vista, em tudo o que fizer. Significa concentrar-se na impermanência e manter essa concentração viva ao longo de todo o dia. À medida que a conscientização da impermanência invadir seu ser, iluminará todos os atos de uma forma extraordinariamente nova, trazendo-lhe a verdadeira liberdade e felicidade.

Por exemplo, você sabe que a pessoa amada é impermanente, porém continua agindo como se ela fosse permanente, esperando que ele ou ela esteja ali para sempre, da mesma forma, com a mesma perspectiva e as mesmas percepções. Enquanto isso, a realidade é justamente o contrário: essa pessoa está mudando, tanto na aparência como no interior. Alguém que está aqui hoje poderá não estar mais amanhã; alguém forte e saudável hoje poderá adoecer amanhã; uma pessoa não muito agradável hoje poderá se tornar uma pessoa muito melhor amanhã, e assim por diante.

Somente quando assumirmos essa realidade totalmente em nosso ser poderemos viver de forma verdadeiramente habilidosa e adequada. Ao nos darmos conta de que as pessoas que conhecemos são impermanentes, faremos todo o possível para deixá-las felizes hoje, pois jamais saberemos se estarão aqui amanhã. Continuam aqui neste momento mas, se não formos gentis com elas, talvez nos abandonem algum dia.

Se estiver com raiva de alguém que o magoou e está prestes a dizer ou fazer algo de mal em retaliação, por favor, feche os olhos, respire profundamente e contemple a impermanência:

Sentindo o calor da raiva neste momento,
Fecho os olhos e vejo o futuro.
Daqui a trezentos anos,
Onde estará você, onde estarei eu?

Esta é uma prática de visualização.Você vê o que você e a pessoa que deseja punir serão daqui a trezentos anos: pó. Ao tocar profundamente sua impermanência e a do outro, ao ver claramente que em trezentos anos ambos serão reduzidos a pó, você perceberá imediatamente que se zangar ou provocar sofrimento em si mesmo e no outro é uma grande bobagem, um trágico desperdício. Você se dará conta de que a presença dessa pessoa em sua vida, neste momento, é preciosa. Sua raiva se dissolve e, ao abrir os olhos, você não tem mais vontade de punir essa pessoa. Tudo o que você quer agora é abraçá-la.

Contemplar a impermanência ajuda a libertar-se das amarras da raiva. Ao concentrar a mente, você pode libertá-la."

-Thich Nhat Hanh - do livro Peace is Every Breath (trad. Denise Kato)