Fazendo as pazes com a tangerina
Nesse texto (
clique aqui), Thich Nhat Hanh nos mostra a importância de nos
concentrarmos nas atividades que estamos fazendo no
momento presente, seja comer uma tangerina ou lavar a louça.
Thay diz que a tangerina tem vários gomos. Se você é capaz de saborear
um deles, é provável que saboreie a tangerina
inteira. Mas se você não consegue saborear um gomo, não conseguirá tampouco saborear a tangerina inteira.
Ensina também que enquanto se lava a louça, deve-se
somente lavar a louça, o que quer dizer: enquanto se está lavando louça, deve-se estar
totalmente consciente do fato de que se está lavando louça. A princípio pode parecer uma tolice: “por que dar tanta importância a coisa tão
simples? Mas a questão é justamente essa. O fato de eu estar nesse lugar, lavando essa louça, é uma realidade
maravilhosa. Eu aí estou totalmente consciente de mim, acompanhando minha respiração, sentindo minha
presença, observando meus pensamentos e ações.
Depois de ler (
clique aqui)
divida seu insight e suas dúvidas sobre o texto em nosso
blog. Basta
clicar aqui.
Sangha em Lajes-SC
Uma ótima notícia! Mais uma
sangha no Brasil nasceu em
Lajes, Santa Catarina. A Cristina Cesa (
u-can@inglesadistancia.com.br) está coordenando os encontros que estão acontecendo desde dezembro todas as
quintas-feiras a noite. Se você mora na região aproveite essa oportunidade única de poder praticar com uma sangha.
Teísmo x não-teísmo
A diferença entre teísmo e não-teísmo não está em acreditar ou não em Deus. Essa é uma questão que se aplica a todos, incluindo budistas e não-budistas. O teísmo é uma arraigada convicção de que existe uma mão na qual segurar: se fizermos a coisa certa, alguém vai nos dar valor e cuidar de nós. Isso é o mesmo que achar que haverá sempre uma babá disponível quando precisarmos de uma. Todos nós temos a tendência a fugir das responsabilidades e delegar nossa autoridade a algo exterior a nós.
Não-teísmo é relaxar na ambiguidade e incerteza do momento presente, sem buscar algo que nos proteja. Às vezes, achamos que o dharma é externo – algo em que acreditar, algo que devemos atingir. Entretanto o dharma não é uma crença ou dogma. É a total apreciação da impermanência e da mudança. Os ensinamentos desintegram-se quando tentamos agarrá-los. É preciso experimentá-los sem expectativas. Muitas pessoas corajosas e compassivas já o experimentaram e transmitiram. A mensagem é destemida – o dharma nunca representou uma crença que seguimos cegamente. Ele, em absoluto, não nos dá nada a que possamos nos apegar.
- Pema Chodron
Abrace seu sofrimento
Abrace seu sofrimento, sorria para ele e descubra a fonte da felicidade que está bem lá dentro dele. Budas e Bodisatvas sofrem também. A diferença entre eles e nós é que sabem como transformar seu sofrimento em alegria e compaixão. Como bons jardineiros orgânicos, eles não discriminam o lixo em favor das flores. Eles sabem como transformar seu lixo em flores.
Não jogue fora seu sofrimento. Toque seu sofrimento. Encare-o diretamente e sua alegria se aprofundará. Você sabe que alegria e sofrimento são ambos impermanentes. Aprenda a arte de cultivar alegria.
- Thich Nhat Hanh