Quarta, 25 de janeiro de 2012

Fazendo as pazes com a tangerina



Nesse texto (clique aqui), Thich Nhat Hanh nos mostra a importância de nos concentrarmos nas atividades que estamos fazendo no momento presente, seja comer uma tangerina ou lavar a louça.

Thay diz que a tangerina tem vários gomos. Se você é capaz de saborear um deles, é provável que saboreie a tangerina inteira. Mas se você não consegue saborear um gomo, não conseguirá tampouco saborear a tangerina inteira.

Ensina também que enquanto se lava a louça, deve-se somente lavar a louça, o que quer dizer: enquanto se está lavando louça, deve-se estar totalmente consciente do fato de que se está lavando louça. A princípio pode parecer uma tolice: “por que dar tanta importância a coisa tão simples? Mas a questão é justamente essa. O fato de eu estar nesse lugar, lavando essa louça, é uma realidade maravilhosa. Eu aí estou totalmente consciente de mim, acompanhando minha respiração, sentindo minha presença, observando meus pensamentos e ações.

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Sangha em Lajes-SC



Uma ótima notícia! Mais uma sangha no Brasil nasceu em Lajes, Santa Catarina. A Cristina Cesa (u-can@inglesadistancia.com.br) está coordenando os encontros que estão acontecendo desde dezembro todas as quintas-feiras a noite. Se você mora na região aproveite essa oportunidade única de poder praticar com uma sangha.

Teísmo x não-teísmo



A diferença entre teísmo e não-teísmo não está em acreditar ou não em Deus. Essa é uma questão que se aplica a todos, incluindo budistas e não-budistas. O teísmo é uma arraigada convicção de que existe uma mão na qual segurar: se fizermos a coisa certa, alguém vai nos dar valor e cuidar de nós. Isso é o mesmo que achar que haverá sempre uma babá disponível quando precisarmos de uma. Todos nós temos a tendência a fugir das responsabilidades e delegar nossa autoridade a algo exterior a nós.

Não-teísmo é relaxar na ambiguidade e incerteza do momento presente, sem buscar algo que nos proteja. Às vezes, achamos que o dharma é externo – algo em que acreditar, algo que devemos atingir. Entretanto o dharma não é uma crença ou dogma. É a total apreciação da impermanência e da mudança. Os ensinamentos desintegram-se quando tentamos agarrá-los. É preciso experimentá-los sem expectativas. Muitas pessoas corajosas e compassivas já o experimentaram e transmitiram. A mensagem é destemida – o dharma nunca representou uma crença que seguimos cegamente. Ele, em absoluto, não nos dá nada a que possamos nos apegar.

- Pema Chodron

Abrace seu sofrimento



Abrace seu sofrimento, sorria para ele e descubra a fonte da felicidade que está bem lá dentro dele. Budas e Bodisatvas sofrem também. A diferença entre eles e nós é que sabem como transformar seu sofrimento em alegria e compaixão. Como bons jardineiros orgânicos, eles não discriminam o lixo em favor das flores. Eles sabem como transformar seu lixo em flores.

Não jogue fora seu sofrimento. Toque seu sofrimento. Encare-o diretamente e sua alegria se aprofundará. Você sabe que alegria e sofrimento são ambos impermanentes. Aprenda a arte de cultivar alegria.

- Thich Nhat Hanh