Domingo, 29 de março de 2015

Os Quatro Pensamentos Imensuráveis (parte 2)



Depois de começar a entender o que é amor na visão budista, te convidamos a continuar refletindo sobre o tema no texto (clique aqui) dessa semana.

No texto (clique aqui) de hoje, Thich Nhat Hanh ensina os outros dois dos quatro aspectos do verdadeiro amor segundo a filosofia budista. O terceiro aspecto do verdadeiro amor é mudita, a alegria. O verdadeiro amor sempre proporciona alegria, para nós e para as pessoas que amamos. Se nosso amor não trouxer alegria para as duas partes, não será um verdadeiro amor. O quarto aspecto do verdadeiro amor é upeksha, que significa equanimidade, desapego, não-discriminação, serenidade mental, ou a capacidade para deixar as coisas seguirem.

Sugerimos que leia (clique aqui) e depois escreva em nosso blog. Basta clicar aqui.

Canal de Plum Village no You Tube



Se você quiser assistir às palestras de Thich Nhat Hanh ou dos monges da tradição de Plum Village (em inglês) pode acessar o canal de Plum Village no You Tube. Basta clicar aqui. É uma maneira de estar em contato mais próximo com os ensinamentos dos mestres.

Busca pela verdade



Se em algum ponto de sua vida você adotar uma idéia ou uma percepção como a verdade absoluta, você fecha a porta de sua mente. Isto é o final da busca pela verdade. E não apenas você não procura mais a verdade, mas mesmo se a verdade vier em pessoa e bater na sua porta, você se recusará a abri-la. Apego a visões, apego a idéias, apego à percepções são o maior obstáculo à verdade.

- O Buda

Egoísmo



O chanceler imperial da Dinastia Tang era um herói nacional pelo seu sucesso tanto como homem de estado quanto como líder militar. Mas a despeito de sua fama, poder e riqueza, ele se considerava um humilde e devoto zen budista.
Frequentemente ele visitava seu mestre zen favorito para estudar com ele, e os dois pareciam se dar muito bem. O fato de que ele era um poderoso chanceler aparentemente não tinha efeito em sua relação, que parecia ser simplesmente a de um reverendo mestre e seu respeitoso e altruísta estudante.
Um dia, durante sua visita usual, o chanceler perguntou ao mestre, "Mestre, o que é o egoísmo de acordo com o budismo?"
O rosto do mestre ficou vermelho, e num tom de voz extremamente desdenhoso e insultuoso ele gritou em resposta:
"Que tipo de pergunta estúpida é esta?!?"
A resposta foi tão inesperada, e chocou tanto o chanceler, que este tornou-se imediatamente arrogante. Demonstrando-se extremamente ofendido levantou-se, olhou imponente e orgulhoso para o sábio e gritou com muita raiva:
"Como ousa me tratar assim?! Esqueceu-se de quem eu sou?"
Neste momento o sábio mestre zen sorriu e disse:
"ISTO, Excelência, é egoísmo..."
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Comentário: As muitas máscaras egoístas que usamos para ocultar nossa verdadeira natureza não se sustentam por muito tempo no campo do Dharma. A prática do zen frequentemente nos oferece esta sabedoria de muitas formas. Mas muitos de nós falham em entendê-la.
Infelizmente a mente condicionada, perdida em autoindulgência, não consegue evitar o vício da pretensão. Mesmo quando nos imaginamos profundos estudantes, podemos estar apenas perdidos na ilusão do autoelogio disfarçado de humildade. A ignorância do eu é profunda, e o verdadeiro estudante precisa estar atento para a difícil prática de honestidade interior.
Por mais intensa e devotada que seja nossa prática, se realmente não atingirmos a consciência de nossas reais intenções, mais cedo ou mais tarde o exercício do Dharma irá nos confrontar com a verdade desnuda de quem realmente somos.
Prepare-se. Em tempo, suas máscaras irão cair uma a uma, e sua verdadeira face será exposta sem mais pretensões. E quem será esse a ser revelado: o falso humilde ou o verdadeiro praticante?

- Monge Komyo