Terça, 8 de março de 2016

O Segundo Nutriente



No ensinamento do Buda, há quatro tipos de nutrientes. Talvez seja mais claramente descrito no Discurso do Buda sobre os Quatro Tipos de Nutrientes. É uma contemplação muito profunda sobre os quatro tipos diferentes de alimento para o corpo e a mente.

No texto de hoje (clique aqui) Phap Hai (monge sênior da Ordem Interser) nos ensina sobre o segundo tipo de nutriente: as impressões sensoriais. as coisas que podemos ver, ouvir, cheirar, provar e tocar. Consumimos comida através de nossos olhos, nariz, ouvidos e corpo. Quando dirigimos pela cidade, ouvimos sons, vemos imagens e sentimos odores, todos estes considerados comida. Muitos dos itens que consumimos contêm toxinas.

Leia (clique aqui) e divida seus insights em nosso blog. Basta clicar aqui.


Pergunta para o Dalai Lama



Pergunta: Como você fica tão otimista quando há tanto ódio no mundo?

Dalai Lama: Eu sempre olho para um evento a partir de um ângulo mais aberto. Há sempre algum problema, alguma matança, algum assassinato, ato terrorista ou escândalo em todo lugar, todo dia. Mas se você pensar que o mundo todo é assim, está errado. De 6 bilhões de humanos, os criadores de problemas são um punhado somente.

Pergunta para Thich Nhat Hanh



Pergunta: Qual a chave para a felicidade?

Thich Nhat Hanh: Um estudante pode pensar que não pode ficar satisfeito até que obtenha seu diploma. Mas quando ele consegue seu diploma ficará feliz apenas por alguns dias até dizer: "eu preciso obter um trabalho e uma casa." Portanto nada pode satisfazer uma pessoa se ela está sempre correndo.

Parar e aprender a ser feliz no momento presente é a chave. Chamamos isso de "não ter objetivos" (aimlesness). Isto é iluminação. Portanto um estudante pode ser muito feliz mesmo quando ele não obtém seu diploma. Há sempre condições para a felicidade no presente, mas pode ser que você não saiba como desfrutar delas. Você não as reconhece e por isso procura a felicidade no futuro.

Budismo é o ensinamento do despertar. Nossa sociedade precisa de um despertar coletivo de forma a nos salvar de nossas crises. Portanto a prática é tal que o despertar deveria acontecer em cada passo, em todo lugar. Se você está despertando, você conhece o caminho da felicidade. Você para de sofrer e pode ajudar outras pessoas a fazer o mesmo.

Pergunta para Monja Coen



Pergunta: Você fala muito da violência que existe ao nosso redor. De onde ela vem? Como ela interfere na nossa felicidade?

Monja Coen: A violência existe. Seu oposto, a não-violência também. Dentro e fora de cada ser humano. Quando somos capazes de transformar a raiva em compaixão, tudo cessa. Quando abandonamos um "eu" que precisa ser defendido, que não pode ser magoado e assim por diante, percebemos que estamos muito além das provocações internas e externas. Mas só conseguimos praticar isso com prática incessante.

Certa feita, Sua Santidade o XIV Dalai Lama, disse algo como: “Compaixão nem sempre é visceral. Temos de utilizar a mente para desenvolver a capacidade de compreender a quem nos ofende ou provoca.” Isso tem a ver com as conexões neurais.

Todos nós nascemos com todos os neurônios possíveis, mas, se não os estimularmos, eles não se conectam. Se formos treinados a fazer conexões neurais de violência, briga, raiva, rancor, temor e assim por diante, essa trilha se torna uma auto-estrada, uma rodovia. Para fazer novas conexões temos de nos esforçar a conectar com amor, compreensão, ternura, assertividade, destemor e assim por diante.