Refúgio na Mãe Terra
No texto (
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não está muito saudável. Por isso, muitos estão doentes e nós precisamos de
cura e nutrição. Temos nos embriagado com venenos. Nossa mente tem muitos venenos como a ganância, ódio, raiva e desespero. Nosso corpo também tem muitos
venenos, porque não sabemos como consumir.
Segundo ele se observarmos, veremos que a Mãe Terra tem o
poder, a capacidade de curar-se e curar-nos. Se reconhecermos esse fato, poderemos tomar
refúgio nela. Nós nos permitimos ser curados pela
Mãe Terra. Ao sentarmos, temos a cura. Enquanto caminhamos, temos a cura. Enquanto respiramos, nós temos a cura.
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Plena Consciência
Cada longa viagem começa com um pequeno passo, um giro da roda. Nossa paz e liberdade começam por pegar a colher com plena atenção. Cada atividade na vida diária é uma oportunidade para praticarmos a plena consciência. Beber o chá ou comer com nosso corpo e mente no aqui e agora é plena consciência. Olhar para nossos amados com nossos olhos e nosso coração abertos é a prática de plena consciência. Não olhe para eles e pense em algo mais. Porque fazemos isso? Porque temos energias de hábito de nossas mentes que as levam a vagar para longe do nosso corpo.
- Thich Phouc Tinh
Estar Consciente do Aqui e Agora
Enquanto a doença não tenha passado rente a nós, a vida parece infinita e acreditamos que sempre haverá tempo para lutarmos pela felicidade. Antes preciso obter meus diplomas, receber meus créditos, é preciso que as crianças cresçam, que eu me aposente, mais tarde pensarei na felicidade. Adiando sempre para o dia seguinte a busca do essencial, corremos o risco de deixar a vida escoar entre nossos dedos, sem jamais tê-la de fato saboreado.
É essa curiosa miopia, essas hesitações, que o câncer vem por vezes abalar. Devolvendo à vida sua verdadeira fragilidade, ele lhe restitui seu autêntico sabor. Algumas semanas depois de receber o diagnóstico de câncer no cérebro, tive o sentimento estranho de que tinham acabado de retirar as lentes cinzentas que velavam minha vista.
Um domingo à tarde, eu olhava Anna no pequeno cômodo ensolarado de nossa minúscula casa. Ela estava sentada no chão, ao lado de uma mesa baixa, tentando traduzir poemas do francês para o inglês, com um ar concentrado e calmo. Pela primeira vez eu a via como ela era, sem me perguntar se eu devia ou não preferi-la em vez de uma outra. Eu via simplesmente sua mecha de cabelo caindo graciosamente quando ela inclinava a cabeça sobre o livro, a delicadeza de seus dedos segurando tão levemente a caneta. Estava surpreso por nunca ter notado a que ponto as imperceptíveis contrações de seu queixo, quando ela tinha dificuldade para encontrar a palavra que procurava, podiam ser comovedoras. Tinha a impressão de vê-la de repente tal como ela era de fato, liberada de minhas questões e minhas dúvidas. Sua presença se tornava inacreditavelmente enternecedora. O simples fato de poder partilhar aquele instante me surgia como um privilégio imenso. Como eu pudera deixar de vê-la assim antes?
- David Servan-Schreiber (do livro "Anticâncer")
Tempo
Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
- Fernando Pessoa