Segunda, 24 de outubro de 2016

Pais e Filhos



Muitas pessoas tiveram dificuldades dolorosas nas relações com seus pais. Muitos de nós carregam sofrimentos, raivas, traumas e questões não resolvidas que ainda doem.

No texto sugerido desta semana (clique aqui), Thich Nhat Hanh nos convida a olhar em profundidade para nossos pais e os pais de nossos pais. Eles talvez tenham sofrido muito quando pequenos e por não ter a sorte de praticar tenham transmitido esse sofrimento. Thay nos convida a nos ver como crianças de 5 anos, frágeis e feridas e reconhecer e abraçar essa dor. Depois nos convida a ver nossos pais da mesma forma.

É uma prática poderosa de reconciliação, não deixe de ler (clique aqui) Depois divida seu insight e suas dúvidas sobre o texto em nosso blog. Basta clicar aqui.



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Frequentemente durante o dia se pergunte: "Pelo que eu sou grato?" ou "Quais condições para a felicidade eu tenho nesse exato momento?"Não pergunte apenas essas questões quando estiver triste ou deprimido, mas também se pergunte quando estiver feliz ou com o espírito alegre. Para mim, realmente faz minha prática mais alegre, me sinto mais feliz e sinto que há esta leveza no meu coração.

A coisa mais importante é a liberdade interior que temos. É importante que cultivemos essa liberdade - liberdade do ódio, inimizades, aflições. Quando uma situação surge e reagimos, somos a condição final que determina se ela será bonita ou não. Se alguém vem e diz palavras não gentis, e reagimos com raiva, então a falha é nossa. Mas se alguém vem a nós e diz essas palavras rudes e reagimos com paz, gentileza e amor, então fazemos a situação se manifestar lindamente.

Por favor considere sua respiração como seu melhor amigo, como alguém sempre a seu lado te ajudando a superar dificuldades e cultivar essa felicidade. Veja sua respiração como o Buda te ajudando, como alguém que você verdadeiramente ama. É surpreendente o quanto sua respiração pode te ajudar. Não tem preço. Ela não rega sua semente de raiva. Não rega a sua semente de ciúmes ou irritação. É muito fiel a você, mas o quanto você é fiel à sua respiração? .

-- Sister Boi Nghiem (monja da Trad. Plum Village residente no monastério Magnolia Grove)

Gratidão



Quando nós nos deleitamos ao comer uma laranja, poderíamos nos sentir gratos à árvore da laranja que gastou muito tempo na fabricação de uma laranja bonita para nós. Assim, pensando em termos de dar e receber, nós podemos estabelecer um sentido mais profundo na relação com a árvore da laranja. Nós sabemos que a laranjeira também recebe muitas coisas das nuvens, do sol e da terra. Na realidade, tudo o que é tem que se relacionar com tudo mais de forma a ser e crescer.

É por isso que eu não só me sinto grato à árvore, mas eu também agradeço às nuvens, ao sol, à terra, e assim por diante. Nós gostamos da idéia de sermos gratos ao cosmo por tudo o que é oferecido a nós como comida. É por isso que em Plum Village organizamos um Dia de Ação de Graças, e nós dirigimos nossas graças a quatro objetos: em primeiro lugar para nosso pai e nossa mãe que nos deram vida; para nosso mestre que nos deu vida espiritual e nos ajudou a saber viver dentro do aqui e agora; nós agradecemos a nossos amigos que nos apóiam, especialmente em momentos difíceis, e nós agradecemos a todos os seres nos mundos animal, vegetal e mineral por nosso apoio e manutenção.

Assim os budistas também celebram Ação de Graças, com esse tipo de insight. Quando nós celebrarmos Ação de Graças, nos relacionamos a tudo que está aí, e esta é uma prática muito boa de forma que nós não nos separamos da realidade. O sentimento de gratidão pode nos ajudar a nos lembrar de cultivar o elemento de compaixão e bondade amorosa em nós.

- Thich Nhat Hanh