Desapego a Visões
O quanto você está
apegado a sua visão de mundo? Na sua visão quais as condições necessárias para sua
felicidade? Um bom salário, uma boa casa, um parceiro que te ame? Como você mede o seu
sucesso na vida? O quanto você está
aberto a novas maneiras de pensar que desafiem suas crenças mais profundas?
Thich Nhat Hanh no texto selecionado(
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todas as visões são visões erradas. As visões não nos deixam ter
acesso direto à realidade. Às vezes na sua vida você toma algo como verdade, e fica
preso nisso, e por isso você para. Não há como avançar no seu caminho espiritual e continuar a procurar a verdade. Mesmo se a verdade vier e bater na sua porta você
se recusará em abrir a porta.
Thay nos mostra que para nossa constante evolução espiritual temos que nos
desapegar de nossas visões. Sempre é possível avançar e para isso é preciso abandonar a visão anterior que considerávamos a verdade absoluta.
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Obstáculo
O grande obstáculo para o avanço do nosso conhecimento não é tanto o que se desconhece mas o que já se sabe. Porque aquilo que nós já sabemos nos impede de ir adiante, nos amortece, aparece sempre novamente diante dos nossos olhos como se fosse a verdade e obstaculiza o nosso andar.
- Lama Padma Santem
Alegria da Vida
O que nos trouxe à prática? Porque começamos? Isso é o que é mais importante. Alguns vem para a meditação para entender seu próprio sofrimento, outros para entender o sofrimento da sociedade. Quando a fragrância da meditação está em nós tudo em nós pode ser ensinamento. Lavar a louça pode ser um momento de despertar ou de ignorância. Depende de nós. Também há o fedor da meditação, quando ela é feita por obrigação.
O cerne da meditação budista é voltar ao agora. Nesse momento existe muito mais coisas do que conseguimos perceber. Temos muito pouco contato com a realidade. Quando meditamos passamos a olhar um pouco do que existe no momento.
- Phap Hai (Monge de Deer Park)
Travessia
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
- Fernando Pessoa