Domingo, 22 de março de 2020

Acalmando a tempestade



Cada vez que sentimos uma forte onda de medo, raiva ou ciúme, podemos fazer algo para cuidar dessa energia negativa para ela não nos destruir. Não é preciso haver nenhum conflito entre um elemento e outro de nosso ser. Tem que haver apenas um esforço para cuidar e ser capaz de transformar. Precisamos ter uma atitude não violenta para com o nosso sofrimento.

No texto (clique aqui) Thich Nhat Hanh ensina que quando temos uma emoção forte como o medo ou desespero, pode ser esmagador. Mas com a prática, sabemos que podemos aprender a abraçar o nosso medo, porque sabemos que em cada um de nós existe a semente da atenção plena. Se praticarmos tocar essa semente a cada dia ao andar, sentar, respirar, sorrir ou comer, cultivaremos a energia da atenção plena.

E então, a qualquer hora que precisarmos dessa energia, será só tocar a semente de atenção plena, que logo a energia de plena consciência virá e poderemos usá-la para abraçar as nossas emoções. Se conseguirmos apenas uma vez fazer desta forma, teremos um pouco mais de paz e menos medo que a emoção forte da próxima vez venha à tona.

Leia o texto (clique aqui) e depois compartilhe seu insight e suas dúvidas sobre o texto em nosso blog. Basta clicar aqui.

Milagre



Gosto de caminhar pelas trilhas do campo, pelas plantações de arroz ladeadas por gramíneas selvagens, pisando conscientemente o solo maravilhoso. Nessas horas, a existência se torna uma realidade miraculosa e misteriosa. Normalmente, as pessoas consideram um milagre caminhar sobre a água ou no ar. Mas eu acho que o verdadeiro milagre é caminhar no chão. Todos os dias nos envolvemos em milagres que sequer reconhecemos: o céu azul, as nuvens brancas, as folhas verdes, os olhos negros e curiosos de uma criança - nossos próprios olhos. Tudo é um milagre.

- Thich Nhat Hanh

Budismo e ciência



No domínio da ciência há muitas crenças. Acreditamos no que os especialistas dizem sem testarmos por nós mesmos. Mesmo assim, tendo sido provado que era a verdade, dez ou vinte anos depois uma nova verdade é considerada superior, mais profunda, mais verdadeira que a verdade anterior. E novamente haverá um punhado de especialistas que tentarão confirmar e nós, a maioria, vamos seguir. Neste caminho nos comportamos como pessoas religiosas, mesmo no domínio da ciência.

E sobre a prática do budismo? No budismo, o objeto de nossos estudos é a mente e como ela se relaciona com o sofrimento e a felicidade. Não estamos tão preocupados com a mesa ou a nuvem, com o átomo ou as estrelas. Mas estamos preocupados com o sofrimento e felicidade. Não somos filósofos. Não especulamos sobre felicidade e sofrimento. Queremos realmente observar nosso sofrimento, observar nossa felicidade. Queremos achar uma solução. Queremos nos liberar do sofrimento. Queremos trazer felicidade verdadeira. E esse é o trabalho real que não pode ser feito apenas falando.

- Thich Nhat Hanh