Os Cinco Poderes Espirituais (parte 1)
Esta semana te convidamos a estudar dois dos cinco poderes espirituais.
O que a maioria das pessoas chama
poder, os budistas chamam desejos. Os cinco desejos são a riqueza, fama, sexo, comida refinada, e muito sono. No Budismo, nós falamos dos
cinco verdadeiros poderes, cinco tipos de energia. Os cinco poderes são fé, diligência, plena consciência, concentração e insight. Os cinco poderes são a fundação da real felicidade; eles estão baseados em
práticas concretas que nós aprenderemos.
No texto em anexo
(clique aqui) Thay comenta que
fé é ter um caminho que o conduz à liberdade, liberação e a transformação das aflições. O segundo poder é a
diligência que é praticar regularmente, diariamente, com o apoio de sua família, amigos e comunidade.
Um
texto importante de budismo. Após a leitura do texto completo
(clique aqui) participe
comentando em nosso
blog como você pode desenvolver esses poderes em você. Basta
clicar aqui.
Estar Consciente do Aqui e Agora
Enquanto a doença não tenha passado rente a nós, a vida parece infinita e acreditamos que sempre haverá tempo para lutarmos pela felicidade. Antes preciso obter meus diplomas, receber meus créditos, é preciso que as crianças cresçam, que eu me aposente ... mais tarde pensarei na felicidade. Adiando sempre para o dia seguinte a busca do essencial, corremos o risco de deixar a vida escoar entre nossos dedos, sem jamais tê-la de fato saboreado.
É essa curiosa miopia, essas hesitações, que o câncer vem por vezes abalar. Devolvendo à vida sua verdadeira fragilidade, ele lhe restitui seu autêntico sabor. Algumas semanas depois de receber o diagnóstico de câncer no cérebro, tive o sentimento estranho de que tinham acabado de retirar as lentes cinzentas que velavam minha vista.
Um domingo à tarde, eu olhava Anna no pequeno cômodo ensolarado de nossa minúscula casa. Ela estava sentada no chão, ao lado de uma mesa baixa, tentando traduzir poemas do francês para o inglês, com um ar concentrado e calmo. Pela primeira vez eu a via como ela era, sem me perguntar se eu devia ou não preferi-la em vez de uma outra. Eu via simplesmente sua mecha de cabelo caindo graciosamente quando ela inclinava a cabeça sobre o livro, a delicadeza de seus dedos segurando tão levemente a caneta. Estava surpreso por nunca ter notado a que ponto as imperceptíveis contrações de seu queixo, quando ela tinha dificuldade para encontrar a palavra que procurava, podiam ser comovedoras. Tinha a impressão de vê-la de repente tal como ela era de fato, liberada de minhas questões e minhas dúvidas. Sua presença se tornava inacreditavelmente enternecedora. O simples fato de poder partilhar aquele instante me surgia como um privilégio imenso. Como eu pudera deixar de vê-la assim antes?
- David Servan-Schreiber (do livro "Anticâncer")
Fim das guerras
Muitas vezes pensamos em paz como a ausência de guerra, que se os países poderosos reduzissem os seus arsenais de armas, poderíamos ter paz. Mas se olharmos profundamente as armas, vemos as nossas próprias mentes - os nossos próprios preconceitos, medos e ignorância. Mesmo que transportássemos todas as bombas para a lua, as raízes da guerra e as raízes das bombas ainda estão aqui, nas nossas mentes, e mais cedo ou mais tarde, faremos novas bombas. Trabalhar verdadeiramente pela paz é arrancar a raiz da guerra de nós mesmos, e posteriormente, de todos os homens e mulheres. Preparar-se para a guerra, dar a milhões de homens e mulheres a oportunidade de praticar a matança dia e noite em seus corações, é plantar milhões de sementes de violência, raiva, frustração e medo que serão transmitidas às gerações futuras.
- Thich Nhat Hanh