Domingo, 7 de maio de 2023

Usando os momentos comuns da sua vida como prática espiritual



O Buda disse que quando você vê algo, apenas veja, quando você ouve algo, apenas ouça e assim por diante. Quando você prova algo, apenas saboreie. E quando não há "você" interpretando cada uma dessas coisas então você tem a chance de transformar seu sofrimento.

No vídeo dessa semana (clique aqui) Phap Hai ensina que cada um de nós tem coisas que estamos olhando e chamando de realidade quando, na verdade, não é bem uma realidade. Chamamos isso de interpretação de realidade. Ela é baseada em nossas experiências passadas, nossas tendências culturais, nossas tendências ancestrais, seus próprios fatores ambientais, sensibilidades genéticas e assim por diante. Como praticantes, queremos nos interessar e nos conscientizar do fato de que estamos mais interpretando ao invés de estar em contato com a experiência de suporte.

Depois de assistir o vídeo (clique aqui) você pode também ler o texto da transcrição (clique aqui). Lembro que os vídeos tem legenda em português, ajuste a configuração no YouTube.

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Ser Zen



Ser zen é simplesmente quem somos e nada mais. É ser respiração que respira em cada ação. É fazer meditação, sentar-se para uma parede, olhar para si mesmo. Encontrar suas várias faces, seus sorrisos, suas dores. É entregar-se ao desconhecido aspecto do vazio. Não ter medo do medo. Não se fazer ou, se o fizer, assim o perceber e voltar.

- Monja Coen


Sinfonia



O que foi dito [sobre o Zen] é, de muitas maneiras, muito semelhante à arte de ouvir música; se pararmos para considerar nossa reação intelectual ou emocional em relação a uma sinfonia enquanto ela estiver sendo executada, para analisar a construção de um acorde ou nos determos num compasso particular, perde-se a melodia. Para ouvir toda a sinfonia temos que nos concentrar no fluxo das notas e das harmonias à medida que soam, mantendo nossa mente sempre no mesmo ritmo. Pensar sobre o que se passou, imaginar o que virá ou analisar seu efeito sobre nós é interromper a sinfonia e perder a realidade.

Toda a atenção deve ser dirigida à sinfonia, e devemos nos esquecer de nós mesmos; se qualquer tentativa consciente for feita para nos concentrarmos na sinfonia, a mente é levada à deriva pelo pensamento em si mesmo, tentando se concentrar. Foi por esta razão que Chao-Chou contou ao monge que se tentasse entrar em contato com o Tao, afastar-se-ia dele.

- Alan Watts (do livro "O espírito do Zen")


Muita Paz
Leonardo (Chân Luong Xuân)

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